| 12/10/2008 19h32min
O presidente francês Nicolas Sarkozy declarou neste domingo, após reunião de líderes dos países do Eurogrupo, que medidas conjuntas contra a crise "não será um presente para os bancos". Segundo Sarkozy, os líderes decidiram permitir um refinanciamento bancário "limitado" em seus respectivos países até o final de 2009 e de acordo com as "condições do mercado".
— O plano que aprovamos tem a vocação de se aplicado em cada um de nossos Estados-membros com a flexibilidade que se necessite em função da diversidade de nossos sistemas financeiros e de nossas regras nacionais — advertiu Sarkozy.
O presidente francês assegurou que "é preciso devolver aos bancos a liquidez que precisam, que possam obter financiamento a médio prazo e reforçar seus fundos próprios".
— Os governos da eurozona darão garantias públicas para operações de refinanciamento bancário. Este dispositivo temporário, até 31 de dezembro de 2009, será naturalmente devolvido em condições de
mercado. Não se trata de dar um
presente aos bancos, mas de permitir seu funcionamento — frisou Sarkozy.
O francês, que ocupa a Presidência rotativa da União Européia, explicou que "os Estados que quiserem poderão reforçar o capital dos bancos mediante a subscrição de ações preferenciais ou com títulos similares".
— Com uma estrutura financeira dos bancos que seja mais forte eliminaremos a pressão que pesa sobre o crédito — afirmou Sarkozy, que disse que os governantes dos 15 Estados do Eurogrupo manifestaram sua satisfação com as decisões tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE).
O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, "nos comunicou sua determinação absoluta para pôr tudo que for necessário em andamento para permitir o retorno à normalidade" assinalou Sarkozy.
Gráfico: entenda a crise financeira
Sarkozy cumprimenta o presidente do Banco Central Europeu Jean-Claude Trichet à entrada do Palácio do Eliseu
Foto:
Lucas Dolega, EFE
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